1. Quem pretende ser um voluntário deve se dirigir a um hemocentro, munido de documento de identificação e ciente de todos os requisitos e os impedimentos, temporários e definitivos, para a realização do processo. No local de doação, é preenchido um cadastro pessoal.
2. São realizadas triagens clínicas e hematológicas para checar a pressão arterial, os batimentos cardíacos, o peso, a temperatura corporal e até mesmo a quantidade de hemácias no volume total de sangue, determinando ou não a anemia. Para isso, basta um furinho no dedo e uma gota do líquido. Em caso positivo, o indivíduo não estará apto a doar. Em uma entrevista, analisam-se antecedentes patológicos e fatores de risco que impedem o procedimento. Há casos de doenças não detectadas pelos exames de sorologia ou que estejam ainda em janelas imunológicas, ou seja, no intervalo de tempo entre a infecção pelo vírus e a produção de anticorpos que confirmam a patologia. "Esse período, hoje, foi bastante reduzido pelos testes de última geração, como o NAT (teste de biologia molecular) para hepatite C e HIV. Claro que isso não exclui a necessidade de uma checagem criteriosa e bem feita", pondera Thomaz Nicoletti Filho, hemoterapeuta e médico assistente do serviço de hemoterapia do Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo. Portanto, é muito importante ser sincero em todas as respostas, evitando incidentes nas etapas de doação e transfusão sanguíneas. Em casos de constrangimento no momento das perguntas, o voto de autoexclusão pode solucionar o problema. Após um telefonema confidencial, a bolsa de sangue será desprezada, mesmo que os resultados dos exames realizados sejam negativos.
3. O passo seguinte é a coleta de sangue e de amostras para tipagem e sorologias. Essa etapa compreende a própria doação e os testes para doenças infecciosas que possam causar riscos ao receptor.
Após a doação
Depois de colhido, o sangue é fracionado em hemocomponentes e estocado até que os resultados sorológicos para liberação ou desprezo das bolsas sejam confirmados. Se o líquido doado for aprovado em todos os testes anteriores, seu envio e sua transfusão estão autorizados. "Durante a coleta, existem procedimentos de identificação das bolsas, componentes e amostras com códigos de barra que acompanharão o sangue até seu destino final", esclarece o hemoterapeuta.