
"É assim que surgem o herpes, vírus que a maioria das pessoas carrega sem nem sequer desconfiar, as micoses e até mesmo algumas viroses", explica o dermatologista Marcus Maia, da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Ele ressalta que indivíduos com imunossupressão, como transplantados e soropositivos, correm um risco ainda maior e devem evitar a superexposição em dias ensolarados. Para alguns, chegam a ser sugeridas roupas com filtro solar.
O próprio bronzeado, que muitos veem como sinal de saúde, não passa de uma reação do organismo ao UVB, predominante no verão. O colorido da estação é, na verdade, resultado da oxidação do pigmento que tinge a cútis, a melanina. "É uma forma de proteção, que não deixa a radiação penetrar demais na pele", explica o tricologista Valcinir Bedin, diretor do Centro Integrado de Prevenção do Envelhecimento, em São Paulo. Mas, se há exagero, o tom de camarão indica um processo inflamatório. "A vermelhidão significa que a pele foi danificada pelo UVB", afirma a dermatologista Flávia Addor, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. "E é uma evidência de que as defesas do corpo estão temporariamente em baixa", reforça. A imunidade em frangalhos é um prejuízo imediato. Porém, existem outros problemas mais perigosos provocados pelo efeito cumulativo do sol.