A síndrome do Ovário Policístico (SOP) atinge cerca de 20% das mulheres, mas seus indícios podem passar despercebidos por muitas delas. Apenas 10% dos casos apresentam sintomas fáceis de identificar, como alteração no ciclo menstrual, acne, aumento na quantidade de pelos pelo corpo ou queda de cabelo. Normalmente, manifesta-se durante a adolescência ou na juventude e deve ser diagnosticada por um ginecologista, por meio de exame ultrassom ou de sangue.
Assim que identificado o problema, o tratamento deve ser iniciado em seguida para evitar o risco de resistência da doença à insulina, além de problemas cardiovasculares ou câncer no endométrio. A ginecologista Dra. Patrícia de Rossi explica que é muito importante consultar-se sempre com um médico para identificar problemas como esse e evitar seus riscos. “O tratamento consiste na regularização da menstruação por meio das pílulas anticoncepcionais e do hormônio progesterona. Para amenizar problemas como a acne, um dermatologista pode ser consultado. Mas o ginecologista especializado em questões hormonais é o mais indicado para o diagnóstico e tratamento da doença de fato”, orienta.
Ela explica, ainda, que existe diferença entre cisto no ovário e ovário policístico. “O cisto normalmente é maior e apresenta, no máximo, dois no ovário. No caso da SOP, os cistos são menores e mais numerosos.” A Dra. chama a atenção, também, para outro sintoma, a obesidade. “Tratando esse sintoma com dieta e atividade física, é possível regularizar a menstruação e a ovulação em alguns casos.” O importante é estar atenta e manter a regularidade nas consultas ginecológicas para identificar problemas como esse e iniciar o tratamento adequado o quanto antes.