Saber ouvir
Tem gente especializada nisso: em escutar o outro. São os psicólogos, terapeutas e analistas. Esses profissionais são treinados no ofício de ouvir e buscar entender quem os procura para, então, poder ajudá-lo a superar traumas e a seguir em frente.
Sim, saber ouvir é uma prática, digamos, profissional. Mas trata-se também de uma virtude que todos nós podemos ter. Para tanto, basta estar disponível para quem precisa: seja um amigo ou amiga, um filho ou colega de trabalho.
O primeiro passo é doar o seu tempo ao outro. Ou seja, estar disponível. Segundo, é preciso silenciar e, então, ouvir as histórias alheias. Parece simples, não é? Mas para isso precisamos nos aperfeiçoar na arte de calar e nos concentrar naquilo que está nos sendo relatado.
Quando nosso amigo concluir o seu pensamento, aí sim é o momento de nós, que estamos ouvindo, nos manifestarmos. Para consolar, seja sincera. E use sua intuição, um atributo bastante feminino que pode ser explorado em momentos assim.
Há muita sabedoria e gentileza em saber ouvir. Pois, quando fazemos isso, estamos ajudando alguém a desfazer as causas que lhe trazem tristeza – que saem nas suas palavras. Além disso, existe algo muito especial nesse gesto: a troca.
Quando ouvimos quem precisa desabafar, não estamos apenas oferecendo aconchego e carinho a quem precisa. Ao escutarmos suas experiências, aprendemos a nos reconhecer nelas. É dessa forma que nos compreendemos melhor.