há uns 6 mil anos, os egípcios se surpreenderam com a mágica transformação de minúsculos grãos macerados em um alimento de aparência imponente e sabor agradável. E até hoje há quem se pergunte o que existe de tão especial no pão para continuar encantando as pessoas através dos tempos a ponto de tornar sua presença indispensável nas mesas dos quatro cantos do planeta. Povos anteriores aos egípcios - como os sumérios, que viveram na Mesopotâmia 8 mil anos atrás - até saboreavam uma espécie de receita ancestral. Eles misturavam grãos de cereais e água e, depois, deixavam secar sob o sol, em forma de grandes bolachas, redondas e achatadas, que teriam alguma semelhança com a pizza atual. Só que a textura era bem dura, um verdadeiro desafio para os dentes. Mas diz a lenda que, lá pelo ano 4000 a.C., no antigo Egito, alguém esqueceu ao relento um pouco de uma massa feita com farinha de trigo - e assim foi feito o milagre, ou melhor, o fermento. Os gases produzidos por micro-organismos tentaram, em vão, escapulir da massa, mas foram detidos pelas proteínas do trigo, isto é, pela gliadina e pela glutelina, que formam o glúten. O resultado dessa reação química foi que a massa cresceu e proporcionou um alimento cheio de contrastes: a casca crocante e o miolo macio.
Argentina
Media luna: é a versão de nossos vizinhos para o croissant dos franceses. Também é feito de massa folhada e faz sucesso no café-da-manhã deles.
Austrália
Aussie Bread: ele é escuro por conter ingredientes como o açúcar mascavo, o chocolate e o centeio, além de trigo, é claro.
Estados Unidos
Pão de hambúrguer: estrela do fast-food, ele não poderia ser mais perfeito para acondicionar a carne prensada do recheio. A textura fofa e que não esfarela resulta, em parte, de ingredientes como o leite em pó, além de gordura.
França
Baguete: o nome significa "bastão", em francês. Embora seja muito consumida nesse país, sua verdadeira origem é a Áustria. Trata-se de um pão longo, de massa branca e casca crocante, decorada com cortes diagonais.
Itália
Panettone: no Brasil, ele costuma dar as caras só no Natal e, ultimamente, com recheio de cremes, chocolate e outros ingredientes distantes da receita original. Os italianos, porém, o fazem só com frutas para servi-lo em outras datas festivas também.
Índia
Naan: é assado nas laterais de um forno de barro típico. Como fica ligeiramente pendurado enquanto assa, termina chato e com o formato ovalado, feito gota. O iogurte é um dos ingredientes da massa.
Fonte: saude.abril.com.br