O colesterol é a molécula-mãe para a síntese de vários hormônios, conta o médico Amélio Godoy, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. O cortisol, que participa da resposta do organismo ao estresse, e os hormônios sexuais devem sua existência à substância. Então, será que taxas nanicas poderiam acarretar disfunções e causar, por exemplo, a infertilidade? Ainda não há uma resposta categórica. Na teoria, a relação até faz sentido. Mas isso não aparece na prática clínica, diz Godoy. A quantidade de colesterol usada para produzir os hormônios é muito pequena, justifica. Ou seja, seria preciso os níveis da gordura despencarem de vez para que se notasse qualquer sintoma de carência.