Apesar de ainda vermos alguns teimosos por aí, o protetor solar é figurinha carimbada das malas de quem vai passar as férias na praia ou vai curtir o sol do verão. Mas, com a chegada dos meses mais frios do ano, a história é outra. "Como no inverno não sentimos calor, as pessoas acreditam que não há grande risco em se expor sem o produto", explica o dermatologista Marcus Maia, professor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, na capital paulista. O problema é que o perigo existe, sim, e a responsável por ele é a radiação UVA, antes quase ignorada pela maioria de filtros e companhia. Essa situação deve mudar com as novas regras que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, acaba de implantar. O órgão do governo federal lançou, no início do mês de junho, uma regulamentação mais rígida para produtos com fator de proteção solar, o famoso FPS. "As normas levam em conta quem vai utilizar o filtro. O fabricante não pode prometer algo que na prática não cumpre, como a impermeabilidade", opina Maia. Entre as novidades estão alterações no rótulo e a exigência de que os produtos também resguardem a pele contra os tais raios UVA. O fator de proteção contra esses malfeitores deverá ser de no mínimo um terço do total do FPS - se o valor é 15, por exemplo, o número para o UVA precisará ser 5.
O perigo mais grave é o câncer de pele melanoma, variedade mais agressiva dos tumores que acometem o tecido. "Ele tem maior potencial de alcançar outros órgãos, já que se instala em uma camada mais profunda da derme", aponta Maia. Uma das maneiras de flagrá-lo é ficar de olho em pintas e feridas. Se elas mudam de formato, aumentam de tamanho ou os ferimentos não cicatrizam, é melhor procurar um dermatologista. Esse tumor é um dos poucos que se pode evitar. Basta se resguardar da maneira adequada. "Teoricamente, ele não deveria nem existir", opina Maia. Mas não é só o UVA que fomenta a moléstia: as queimaduras causadas pelo UVB estão por trás do câncer não melanoma, bem mais comum e que também precisa ser prevenido e acompanhado de perto.
Além de barrar perigos tumorais, usar protetor em todas as estações garante uma aparência jovial por décadas a fio. "Quando o UVA penetra na derme, chega até as fibras de colágeno, que sustentam a pele, causando assim um aspecto envelhecido", explica Maia. Sem contar que as manchas não dão pinta quando nos besuntamos com o produto o ano todo. "De alguns anos para cá, os estudos mostram que o uso regular do filtro solar para tratar e preveni-las é até mais importante do que a aplicação apenas na praia", aponta Schalka. Vale lembrar que moramos em um país onde o astro rei brilha a toda mesmo no inverno.
Além de barrar perigos tumorais, usar protetor em todas as estações garante uma aparência jovial por décadas a fio. "Quando o UVA penetra na derme, chega até as fibras de colágeno, que sustentam a pele, causando assim um aspecto envelhecido", explica Maia. Sem contar que as manchas não dão pinta quando nos besuntamos com o produto o ano todo. "De alguns anos para cá, os estudos mostram que o uso regular do filtro solar para tratar e preveni-las é até mais importante do que a aplicação apenas na praia", aponta Schalka. Vale lembrar que moramos em um país onde o astro rei brilha a toda mesmo no inverno.