A sigla em inglês significa lipoproteína de alta densidade. A missão do HDL é perambular pela circulação sanguínea em busca do colesterol abandonado por seu desastrado colega, o LDL. Se não for recolhida, a substância que ficou dando sopa irá se depositar nas paredes dos vasos, oxidar-se e cristalizar-se até formar uma placa de gordura capaz de interromper o fluxo do sangue. Mas, graças à faxina do HDL, ele volta ao fígado, onde o excesso será destruído.
Essa é a razão da torcida maciça para que os níveis de HDL estejam sempre altos. As taxas normais devem ficar acima de 40 mg/dl, mas o ideal é que elas sejam superiores a 60 mg/dl, disse em entrevista à SAÚDE o cardiologista Carlos Scheer, do Rio de Janeiro. Publicado em setembro no periódico científico americano New England Journal of Medicine, um estudo com cerca de 10 mil pessoas concluiu que valores de HDL acima de 55 miligramas por decilitro de sangue diminuem em 25% o risco de morte provocada por problemas cardíacos na comparação com pessoas que apresentavam níveis em torno de 38.