Todo ano, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publica um relatório sobre o grau de contaminação dos alimentos por agrotóxicos. A última análise da agência divulgada em dezembro passado, achou resíduos de agrotóxicos em níveis acima do permitido em 17 das 18 culturas avaliadas.
Mais: havia substâncias não autorizadas pelo governo federal e proibidas em vários países porcausarem câncer, problemas neurológicos e hormonais. Por tanto, se há a possibilidade de consumir produtos orgânicos, esta pode ser uma ótima saída para cuidar melhor da alimentação.
Como escolher o orgânico
Prefira sempre vegetais da estação, mais resistentes a pragas e, portanto, menos expostos a agrotóxicos. No verão, por exemplo, consuma berinjela, pepino, abobrinha, batata-doce e mandioca. No inverno, compre alface, rúcula, agrião, beterraba, cenoura, tomate e maçã.
Como limpar
Deixe as frutas, legumes ou verduras de molho em um litro de água com uma colher de sopa de água oxigenada 10 volumes, por 30 minutos. "A água oxigenada esteriliza os vegetais sem fazer mal à saúde, ao contrário do cloro", ensina a agrônoma Ondalva Serrano.
Beleza e sabor acentuados
Você já ouviu dizer que alimento orgânico tem um aspecto mais feio, mas isso não é necessariamente verdade. Por não absorver água em excesso e pelo respeito ao ciclo de crescimento de cada cultura, vegetais orgânicos têm beleza e gosto acentuados. "A alface, por exemplo, além de ser muito mais saborosa, tem folhas grossas, encorpadas. Quando encontramos orgânicos pequenos e feios é sinal de que o produtor errou na adubação e a planta recebeu menos ou mais nutrientes que o ideal", alerta o agrônomo Daniel Souza.
Por que é mais caro?
Comprar orgânico faz diferença no bolso, sim. "O governo não oferece crédito ao produtor orgânico, o que o obriga a arcar sozinho com os custos de recuperação do solo e da água, processo que pode levar até dois anos. Isso encarece o produto", afirma Odalva Serrano.
Fonte: mdemulher.abril.com.br