A conclusão não surpreendeu os especialistas ouvidos nesta reportagem. "É impossível se manter fiel a dietas radicais, dessas que propõem o corte total de algum alimento", afirma, categórico, Alfredo Halpern, endocrinologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. Fora que o organismo é bem mais astuto do que se imagina. Ao enfrentar uma temporada de vacas magras, ele entende que precisa se preparar melhor para enfrentar futuras contenções. Daí, quando a alimentação normal é restabelecida, sua meta passa a ser estocar energia. Somando o fato de que a maioria das pessoas volta a dar garfadas extras como antes, tudo culmina no retorno daqueles quilos eliminados. "Por isso, para ser eficiente em longo prazo, uma dieta de emagrecimento não pode se afastar muito daquilo que é familiar ao indivíduo", ensina Halpern.
Mas atenção: esse motivo, que é mais manjado, não é o único para você desistir, de vez, de aderir a planos alimentares. Sua saúde, é claro, também deve ser levada em conta. E, quando se exclui, da noite para o dia, algum nutriente, o corpo sofre. Um caso clássico é a retirada brusca de carboidratos da rotina - o que muitas dietas da moda pregam como medida básica. "Ele é fonte nobre de energia para o organismo", frisa Elisabete Almeida, diretora executiva do programa Meu Prato Saudável.