Há o motivo básico de que as crianças estão comendo mais e gastando menos energia. Elas consomem porções caloricamente maiores e os lares estão repletos de biscoitos e bolachas. Embora haja mais escolas de esporte, no dia a dia elas se mexem menos e ficam enclausuradas nos apartamentos. No entanto, uma série de outros fatores está incriminada, a começar pela privação de sono. A criança dorme mais tarde e acorda cedo para ir ao colégio, sem contar o excesso de luz à noite. Isso desequilibra alguns hormônios, levando ao ganho de peso. A queda nos níveis de vitamina D, devido à menor exposição ao sol, e na ingestão do cálcio do leite também interfere em mecanismos de controle da massa corporal. Há também substâncias que - ainda bem - estão sendo abolidas, como o bisfenol que aparecia nas mamadeiras, capazes de estimular a proliferação do tecido gorduroso. E tem mais: já se sabe que a flora intestinal influencia o balanço energético, e o padrão de bactérias dos obesos é diferente do encontrado nos magros. Até o ar condicionado, acredite, pode contribuir com o peso, já que minimiza variações térmicas que induziriam o corpo a queimar calorias.
Fonte: Saude.Abril.com.br