É isso mesmo. Aliás, os exercícios são fundamentais para melhorar sua performance na cama. Primeiro porque aumentam a resistência na hora H, especialmente se trabalharem regiões como os ombros, o peito, as nádegas e as pernas. Traduzindo: a chance de você ficar esgotado durante a relação sexual diminui. Em outras palavras, você fica a mil.
Mas essa não é a única vantagem. Durante o sexo, os órgãos genitais precisam de muito sangue. E quem faz exercícios regulares melhora consideravelmente toda a circulação sangüínea, aponta Amaury Mendes Júnior, ginecologista e terapeuta sexual da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, aSBRASH. Já os sedentários correm o risco de comprometer os vasos, tanto os do coração como os dos genitais. No caso dos homens, esse é o primeiro passo para o grande fantasma: a impotência. As mulheres que não querem saber de sair do sofá também perdem, pois não sentem todo o prazer que poderiam desfrutar.
Muito além da serotonina, aquela substância relacionada ao prazer e ao bem-estar, a atividade física melhora a satisfação com o próprio corpo e, em conseqüência, a auto-estima dispara. Cresce até mesmo a produção de endorfina, o analgésico natural que ainda por cima relaxa, torna o ato mais prazeroso e, em razão de tudo isso, contribui para a autoconfiança", assinala Carmita Helena Najjar Abdo, psiquiatra e coordenadora do Projeto Sexualidade (PROSEX) do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. "É consenso que não existe bom desempenho sexual sem saúde física e emocional.
Outros hormônios estimulados pelo esporte são essenciais à atividade sexual. Um deles é a testosterona que, vale lembrar, também é produzida pelo sexo feminino, em escala muito menor, claro. Essa substância é decisiva para a sexualidade. Sem ela, a vontade de fazer sexo diminui drasticamente, explica Amaury Mendes Júnior. Atenção, mulheres: o estrogênio é secretado em maior quantidade por aquelas que fazem atividade física regularmente. Isso porque esse hormônio preserva toda a estrutura da vagina e ajuda na sua lubrificação.
Nem por causa de todos esses benefícios para uma vida sexual mais prazerosa você vai exagerar, olha lá. Quem joga futebol até não conseguir mais ficar de pé dificilmente terá pique para disputar o segundo tempo na cama. Além disso, o excesso de exercício aumenta o nível de cortisol, que aparece em situações de estresse e tem efeito contrário, isto é, diminui o desejo sexual, completa Carmita Abdo.
E fazer sexo, pode prejudicar o desempenho esportivo?
A resposta é não. Isso porque a relação sexual não desgasta a ponto de afetar a atividade física. A menos que você resolva malhar imediatamente após fazer amor. Nesse caso, de fato, pode ficar um pouco mais difícil puxar ferro, principalmente para os que não estão lá muito preparados para isso. Mas nada que faça grande diferença. O sexo é, por si só, um ótimo exercício. Se durar trinta minutos, a pessoa perde cerca de 200 calorias, o equivalente a uma corrida de aproximadamente um quilômetro e meio, e ainda trabalha muitos grupos musculares, garante Mendes Júnior.
Os profissionais também estão liberados para a transa mesmo na véspera de uma decisão de campeonato. O bom senso, no entanto, pede que, nesse caso, a atividade amorosa não se estenda até altas horas. Embora o rala-e-rola seja tido até como um bom sonífero natural, é bom garantir as horas regulares de sono para que o atleta desperte inteiro no dia D.
Fonte: saude.abril.com.br