São aproximadamente 150 tipos de vírus que constituem a família papilomavírus, conhecida popularmente pela sigla HPV. Eles provocam pequenas verrugas nas palmas das mãos e plantas dos pés. Nos homens, as lesões também aparecem na parte externa do pênis. Mas são em nós, mulheres, que eles mais preocupam. Pois encontra em nossa mucosa genital, especialmente no útero, o ambiente perfeito para se alojar e se proliferar.
O problema é que nem sempre sentimos que estamos infectadas. Pesquisas mostram que oito em cada 10 mulheres já contraíram a doença. Dessas, apenas 20% apresentaram os sinais da infecção. E, dentro desse grupo, 11% desenvolveram câncer de útero em decorrência do vírus.
Por isso, é muito importante manter os exames ginecológicos de rotina em dia. Só eles poderão detectar se você está ou não com HPV. O Papanicolau e a Colposcopia podem ser feitos simultaneamente, no mesmo momento. No primeiro, é colhida uma amostra da secreção do colo do útero para identificar se existe alguma alteração nas células de sua mucosa. No segundo, o médico consegue ampliar, por meio de um aparelho chamado de colposcópio, imagens internas da vagina, vulva e colo do útero. Dessa forma, lesões causadas pelo vírus podem ser identificadas.
Se você descobriu que está entre as vítimas da doença, não se desespere. Atualmente, existe o domínio sobre o tratamento e cicatrização das lesões provocadas pelos papilomas, principalmente se o diagnóstico for feito no início da infecção. Por isso, especialistas são categóricos em afirmar que devemos realizar nossos exames ginecológicos de rotina ao menos uma vez ao ano.
A regra vale também para quem já se vacinou contra o HPV. Sim, a vacina existe e pode ser encontrada em centros de imunizações. Indica-se sua aplicação principalmente em meninas e jovens entre nove a 26 anos. Mas, além da vacina, a melhor forma de prevenir a doença é se protegendo do contato com o vírus. Nesse sentido, o uso de preservativo é perfeito. Pois a camisinha nos protege não apenas do HPV, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis e o HIV.