Estima-se que mais de 10% das mulheres em idade reprodutiva tenham endometriose. Trata-se de uma doença que consiste na presença de endométrio – membrana que reveste o útero – fora do lugar correto, ou seja, fora do útero.
O endométrio é um tecido viscoso (como uma gelatina) que se renova mensalmente durante a menstruação. “Quando ele está, por exemplo, nas trompas ou sob a pélvis, isso provoca muita dor”, diz a medica ginecologista Patrícia de Rossi, responsável pelo desenvolvimento da linha Natura Higeia.
“Embora os fatores que causam a endometriose sejam estudados há anos, seus mecanismos ainda não são totalmente conhecidos”, acrescenta a Dra. Patrícia. Em tese, qualquer mulher pode ser acometida pela doença, que não costuma evoluir para formas mais graves e nem se transforma em um câncer, explica. Mas, entre as consequências possíveis da doença está a infertilidade.
Alguns exames, como a ultrassonografia e a tomografia, auxiliam no diagnóstico. “A confirmação, no entanto, vem com a análise tida por meio de uma videolaparoscopia. Trata-se de uma pequena intervenção cirúrgica no abdome da mulher, onde uma micro câmera é introduzida para que sejam visualizadas as lesões causadas por endometriose”, explica Dra. Patrícia.
O tratamento imediato para a endometriose é retirar a dor da paciente, por meio de analgésicos. Para diminuir as possibilidades de manifestação da doença pode-se suspender a menstruação. O uso contínuo de pílula anticoncepcional, que bloqueia a atividade dos ovários e inibe a formação do endométrio, é um método possível, como aponta a Dra. Patrícia.