Comida caseira no meio do expediente
Come marmita quem trabalha muito. Mas come marmita também quem cuida com carinho de sua refeição. Come marmita, ainda, quem tem o costume de preservar a comida que é feita em casa, com temperos saudáveis e jeitinho de lar.
Antes, almoçar uma marmita era um hábito apenas dos camponeses e cortadores de cana-de-açúcar. Ou, ainda, dos trabalhadores que mantém nossa cidade limpa, como garis e coletores de lixo urbano, que precisam comer na rua, no meio do serviço. Ou seja, a marmita era e ainda é uma necessidade de gente muito humilde e simples. Talvez por isso, ao longo dos tempos, ela tenha sido encarada, infelizmente, com certo desprezo. Abrir mão da “quentinha” na hora do almoço passou a representar, de certo modo, um luxo. Um símbolo de ascensão social.
Mas, hoje, é cada vez mais os ambientes de trabalho estão equipados com pequenas cantinas onde dá para esquentar a quentinha. Ou seja: é possível levar uma refeição saborosa e ainda comê-la soltando a fumacinha que lembra nossa cozinha. O bolso também agradece, pois produzir o próprio alimento também é mais econômico.
Há ainda algo muito especial em frequentar a cozinha da firma: você irá compartilhar a mesa com pessoas que trabalham em postos diferentes do seu. Logo, você terá novas trocas e possibilidades de conversas. Encontrar colegas distintos é uma oportunidade de novas amizades. Em outras palavras: alimento para a alma.