terça-feira, 13 de dezembro de 2011


De bem com você e com o outros

Não é mesmo fácil perdoar quem nos fez mal. Aliás, se fosse fácil, não existiria guerra no mundo. O que fazer, então? Antes de mais nada, considere o perdão um grande desafio e siga em frente.
Por exemplo: um colega no trabalho se apossou de uma idéia sua e a apresentou ao chefe sem o seu consentimento. O que fazer para perdoá-lo?
Primeiro, claro, é legítimo sentir raiva, sentimento que não faz de você uma pessoa menor. Muito pelo contrário. Há algo de muito humano em se sentir assim, mas é preciso se desfazer da ira. Por isso, compartilhe-a com alguém de confiança. Seu marido ou sua mãe, por exemplo, podem-lhe ajudar a entender o que está acontecendo. Em uma conversa, eles podem contribuir em desmanchar a raiva em seu coração ao mostrar-lhe outros pontos de vistas da mesma situação.
Agora que a raiva passou, chegou o momento de treinar o perdão. Para fazê-lo, é preciso entender por que o colega agiu tão injustamente. Por insegurança? E o que o faz ser uma pessoa assim? A sua educação, talvez – aliás, ele não tem culpa nenhuma de ter sido tão falha? Fazer-se perguntas como essas é ter compaixão. Tentar respondê-las, mesmo que as respostas sejam só suas, é se colocar um pouco no lugar do outro. E isso já é meio caminho andado para saber perdoar.
Outra coisa: o conflito é uma ótima oportunidade de crescimento. O episódio com o colega, por exemplo, pode mostrar para você que, em ambientes profissionais, convém ser mais discreta. Ou que talvez você precise ser mais seletiva com quem compartilha uma informação importante. Aprender com o erro do outro é uma excelente forma de superar o trauma e, assim, poder perdoá-lo.
Aliás, perdoar não significa dizer que você voltará a ser amigo de quem lhe fez mal. Psicólogos afirmam que o perdão é quando você está bem em relação às coisas que aconteceram no passado. O que não quer dizer que você precise voltar a conviver com quem não foi justo com você. Você consegue reconhecer o perdão quando se reconcilia com você mesma, sem julgamentos, sem desejar mal ao outro. Isso é estar bem e emanar paz para todos.
Por fim, perdoar é saber fechar uma ferida. Isso é muito importante. Pesquisas mostram que quem exercita o perdão fica menos tenso, nervoso, estressado. Logo, tem maior vitalidade física, e, claro, mais confiança na sua capacidade de lidar com os problemas da vida – inclusive o perdão. Que assim seja!