Você com você, à mesa

Ah!!! quem mora sozinha acaba recorrendo ao velho e bom telefone da pizzaria grudado na geladeira. Ou tira do congelador o pratinho de comida congelada industrial e acaba comendo na frente da televisão. Nada mais desanimador.

Esse hábito pouco saudável (e econômico) pode ser substituído pela rotina de voltar a cozinhar para si, e com muito prazer. Para tanto, lembre-se que preparar a sua própria refeição pode ser, antes que uma atividade chata e trabalhosa, algo que signifique estar bem com você mesma.

E há vantagens nisso: primeiro, você escolhe o cardápio. Pode ser um ótimo passeio ao voltar do trabalho dar uma passadinha no seu supermercado ou rotisseria preferidos para comprar os alimentos que vão compor a sua refeição. Os franceses, por exemplo, fazem assim – no lugar das volumosas compras mensais. A vantagem desse hábito é que dificilmente os alimentos se estragam na geladeira.

Um bife ou um peito de frango pode ser posto na grelha ainda fresquinhos, tão logo você chegue em casa. Para acompanhar: tomates frescos levemente temperados com limão, azeite, pimenta do reino e folhinhas de manjericão. E que tal na sobremesa um iogurte? Viu, nem demorou tanto assim preparar o jantar para umas das melhores companhias que você pode ter: você mesma.

DICA DO DIA

Está cansada de sua própria casa? Pode ser simples repaginá-la e fazer com que seu lar acompanhe as mudanças e transformações que você vive internamente. Que tal então jogar sobre o sofá almofadas ou uma manta diferente, que traga um novo tom de cor à sala?

Comida caseira no meio do expediente

Come marmita quem trabalha muito. Mas come marmita também quem cuida com carinho de sua refeição. Come marmita, ainda, quem tem o costume de preservar a comida que é feita em casa, com temperos saudáveis e jeitinho de lar.

Antes, almoçar uma marmita era um hábito apenas dos camponeses e cortadores de cana-de-açúcar. Ou, ainda, dos trabalhadores que mantém nossa cidade limpa, como garis e coletores de lixo urbano, que precisam comer na rua, no meio do serviço. Ou seja, a marmita era e ainda é uma necessidade de gente muito humilde e simples. Talvez por isso, ao longo dos tempos, ela tenha sido encarada, infelizmente, com certo desprezo. Abrir mão da “quentinha” na hora do almoço passou a representar, de certo modo, um luxo. Um símbolo de ascensão social.

Mas, hoje, é cada vez mais os ambientes de trabalho estão equipados com pequenas cantinas onde dá para esquentar a quentinha. Ou seja: é possível levar uma refeição saborosa e ainda comê-la soltando a fumacinha que lembra nossa cozinha. O bolso também agradece, pois produzir o próprio alimento também é mais econômico.

Há ainda algo muito especial em frequentar a cozinha da firma: você irá compartilhar a mesa com pessoas que trabalham em postos diferentes do seu. Logo, você terá novas trocas e possibilidades de conversas. Encontrar colegas distintos é uma oportunidade de novas amizades. Em outras palavras: alimento para a alma.

 

Ah não, estou com acne!

Os números chamam atenção: 80% dos jovens entre 16 a 20 anos têm ou terão acnes. O aparecimento dessas indesejadas inflamações na pele é mais comum entre os homens. Porém, entre nós, mulheres, as ocorrências de espinhas são mais duradouras. Ou seja, podemos tê-las comumente até os 35 anos. E mais: você sabia que ao menos 5% das mulheres com mais de 40 anos também desenvolvem acnes?

Mas se para você as espinhas estão um pouco demais, aparecendo de forma exagerada e te deixando mal consigo mesma, então está na hora de investigar suas possíveis causas.

A mais provável, explica a médica ginecologista Patrícia de Rossi, responsável pelo desenvolvimento da linha Natura Higeia, é que o motivo do aparecimento de acnes esteja relacionado a uma pré-disposição genética. Ela explica que, simplesmente, algumas pessoas têm uma propensão maior para a produção de sebo, que é a gordura da pele, excretado pelas nossas glândulas sebáceas. Essas, por sua vez, quando produzem mais oleosidade, tornam-se mais sensíveis e entopem. Resultado: bactérias que habitam a nossa pele se aproveitam dessa hipersensibilidade de nossa pele, causando uma infecção que resulta, precisamente, em uma espinha.

Outro motivo que leva a uma maior produção de sebo em mulheres é o descontrole hormonal. Patrícia de Rossi explica que o surgimento das indesejáveis espinhas associa-se também a um ciclo menstrual irregular e possivelmente ao crescimento incomum de pêlos nas regiões das coxas e do buço, por exemplo.

Se você tem espinhas que incomodam, o tratamento deve ser feito com a ajuda de um dermatologista. Só ele poderá indicar os produtos necessários para a limpeza de cada tipo de pele. No caso de acnes ocasionadas por um possível descontrole hormonal, seu médico ginecologista será o melhor conselheiro. Identificado o problema, ele irá atuar de modo a compensar sua produção de progesterona, hormônio que, quando em excesso, pode causar o surgimento de acnes. Ah, importante: o estresse também pode influenciar numa produção maior de progesterona, causando espinha. Esteja atenta se o seu problema for esse.

Uma coisa é certa: ao contrário do que muita gente pensa, o surgimento de espinhas não está relacionado à ingestão do gordura. “Se fosse assim, as pessoas mais gordinhas teriam mais acnes”, diz Patrícia de Rossi. Outro dado importante: quando elas surgirem, não cutuque. Isso poderá piorar a inflamação.

 

Cheirinho que faz bem

Receita para a felicidade: na feira, vá ao estande dos temperos verdes. Lá, é é possível que encontre manjericão, alecrim e hortelã, três ervas poderosíssimas quando o assunto é cheiro.

Em casa, faça uma infusão com um ramo de cada uma delas. Após o banho, antes de sair do box, despeje esse conteúdo morno sobre você, sem molhar os cabelos.

Pronto. Você será portadora de um suave aroma natural que, além de melhorar o seu humor, poderá mexer também com os sentimentos daqueles que estão ao seu lado.

Óleos aromáticos também são excelentes para banhos de cheiro e podem ser usados no chuveiro. Alguns produtos são desenvolvidos com substratos naturais e são indicados para estimular, relaxar ou revigorar. Além de hidratar a pele, claro. A escolha do aroma depende da sua necessidade do momento, e de que forma você quer melhorar e expressar seus sentimentos por meio do cheiro.

Os sais de banho podem ser usados na banheira, incensando esse ritual de cuidado e carinho com você mesma.

Seu corpo em equilíbrio

Apesar de pouco conhecida, a ginástica holística é uma atividade física já bastante consolidada. Foi desenvolvida na Alemanha, na década de 1940, por uma pesquisadora chamada Elza Gildler. Numa Europa atordoada pela Segunda Guerra Mundial, Gildler conseguiu difundir esse método que alia exercício físico à consciência corporal e que tem dado tão certo pelo resto do mundo, inclusive aqui, no Brasil.

Tudo consiste em conhecer a nossa estrutura corporal. Como são os nossos músculos? Será que nos locomovemos de modo que os favorecem? Por que temos dores crônicas na lombar? As respostas as essas perguntas estão nos mais de 800 movimentos da prática que ajudam a realinhar a postura corporal e nos dão a consciência dela.

Para começar, são necessárias aulas e o acompanhamento de um professor. Com um tempo de prática, você se torna mestre de si. Então os exercícios, que são modalidades de alongamento, relaxamento e respiração, podem ser feitos por você mesmo, em casa. Especialistas garantem que eles trazem alívios imediatos ao estresse e as suas consequências, como dores de cabeça e nas costas.

 

DICA DO DIA

O dia está acabando. E, com ele, a noite vem chegando. Hora de se aninhar, de se acalmar. Mude então o tom da jornada. Para acalentar o seu ninho, acenda uma vela – mas longe de objetos inflamáveis. Sua luz suave trará calma a sua casa e paz ao seu espírito!   

De bem com você e com o outros

Não é mesmo fácil perdoar quem nos fez mal. Aliás, se fosse fácil, não existiria guerra no mundo. O que fazer, então? Antes de mais nada, considere o perdão um grande desafio e siga em frente.

Por exemplo: um colega no trabalho se apossou de uma idéia sua e a apresentou ao chefe sem o seu consentimento. O que fazer para perdoá-lo?

Primeiro, claro, é legítimo sentir raiva, sentimento que não faz de você uma pessoa menor. Muito pelo contrário. Há algo de muito humano em se sentir assim, mas é preciso se desfazer da ira. Por isso, compartilhe-a com alguém de confiança. Seu marido ou sua mãe, por exemplo, podem-lhe ajudar a entender o que está acontecendo. Em uma conversa, eles podem contribuir em desmanchar a raiva em seu coração ao mostrar-lhe outros pontos de vistas da mesma situação.

Agora que a raiva passou, chegou o momento de treinar o perdão. Para fazê-lo, é preciso entender por que o colega agiu tão injustamente. Por insegurança? E o que o faz ser uma pessoa assim? A sua educação, talvez – aliás, ele não tem culpa nenhuma de ter sido tão falha? Fazer-se perguntas como essas é ter compaixão. Tentar respondê-las, mesmo que as respostas sejam só suas, é se colocar um pouco no lugar do outro. E isso já é meio caminho andado para saber perdoar.

Outra coisa: o conflito é uma ótima oportunidade de crescimento. O episódio com o colega, por exemplo, pode mostrar para você que, em ambientes profissionais, convém ser mais discreta. Ou que talvez você precise ser mais seletiva com quem compartilha uma informação importante. Aprender com o erro do outro é uma excelente forma de superar o trauma e, assim, poder perdoá-lo.

Aliás, perdoar não significa dizer que você voltará a ser amigo de quem lhe fez mal. Psicólogos afirmam que o perdão é quando você está bem em relação às coisas que aconteceram no passado. O que não quer dizer que você precise voltar a conviver com quem não foi justo com você. Você consegue reconhecer o perdão quando se reconcilia com você mesma, sem julgamentos, sem desejar mal ao outro. Isso é estar bem e emanar paz para todos.

Por fim, perdoar é saber fechar uma ferida. Isso é muito importante. Pesquisas mostram que quem exercita o perdão fica menos tenso, nervoso, estressado. Logo, tem maior vitalidade física, e, claro, mais confiança na sua capacidade de lidar com os problemas da vida – inclusive o perdão. Que assim seja!

Exercite-se e espante a dor de cabeça

Mas afinal, o que tem a ver a prática de atividades físicas e a incidência de enxaquecas e cefaléias — nome científico da dor de cabeça?

A explicação é simples: os exercícios fazem com que o nosso corpo produza endorfina, que é o hormônio que proporciona bem-estar físico e mental, evitando o aparecimento de dores na cabeça.

As atividades que mais ajudam o nosso organismo a liberar endorfina são as aeróbicas. Caminhadas, pedaladas, natação e corrida são práticas que também estimulam a entrada de oxigênio em nosso organismo. Além de gerarem endorfina, elas levam mais oxigênio para o nosso cérebro. E isso também o protege das tão incômodas dores na cabeça.

Ok, você não gosta de correr nem de andar! Que tal então experimentar aulas de ioga, Pilates ou dança? Elas promovem relaxamento e bem-estar, e devolvem autoestima. E nada como estar bem para afastar estresses e preocupações, algumas das principais causas das dores de cabeça.

Viva a água de coco!

Apesar de ter a cara do Brasil, a origem do coqueiro é asiática. Muito provavelmente, foram os portugueses vindos de Cabo Verde (África), que trouxeram para cá os primeiros cocos. Mas alguns pesquisadores acreditam que esse fruto possa até mesmo ter sido trazido pelas correntes marinhas vindas da Ásia.

Seja como for, o fato é que, ao bater em nossas terras, e no calor do Nordeste, o coco fincou raízes. A tal ponto que se tornou uma espécie de símbolo do Brasil. No final do século 17, já fazia parte de nossa culinária mais genuína, que não tardou em produzir receitas de doces com sua polpa.

Parte de nossa cultura, o coco também nos oferece algo de muito saudável: sua água. A bebida é rica em sais mineiras como potássio, sódio, cálcio, fósforo e magnésio, que atuam para o bom funcionamento de nosso organismo. Tanto que especialistas indicam o seu consumo especialmente para quem pratica atividades físicas. Quando nos exercitamos, perdemos rapidamente nossas reservas de minerais, que saem no suor. A água de coco é uma excelente fonte para reposição rápida desses nutrientes – sobretudo no verão, quando transpiramos mais.

Também vendida em supermercados em embalagens de caixinhas, ela pode ser usada em receitas caseiras de sucos. Já experimentou, por exemplo, bater no liquidificador água de coco com melancia? A combinação, além de muito saborosa, é também diurética. Ou seja, ajuda nosso corpo a eliminar a água excedente, evitando assim o aumento de peso e da pressão arterial.

Saiba o que é o HPV

São aproximadamente 150 tipos de vírus que constituem a família papilomavírus, conhecida popularmente pela sigla HPV. Eles provocam pequenas verrugas nas palmas das mãos e plantas dos pés. Nos homens, as lesões também aparecem na parte externa do pênis. Mas são em nós, mulheres, que eles mais preocupam. Pois encontra em nossa mucosa genital, especialmente no útero, o ambiente perfeito para se alojar e se proliferar.

O problema é que nem sempre sentimos que estamos infectadas. Pesquisas mostram que oito em cada 10 mulheres já contraíram a doença. Dessas, apenas 20% apresentaram os sinais da infecção. E, dentro desse grupo, 11% desenvolveram câncer de útero em decorrência do vírus.

Por isso, é muito importante manter os exames ginecológicos de rotina em dia. Só eles poderão detectar se você está ou não com HPV. O Papanicolau e a Colposcopia podem ser feitos simultaneamente, no mesmo momento. No primeiro, é colhida uma amostra da secreção do colo do útero para identificar se existe alguma alteração nas células de sua mucosa. No segundo, o médico consegue ampliar, por meio de um aparelho chamado de colposcópio, imagens internas da vagina, vulva e colo do útero. Dessa forma, lesões causadas pelo vírus podem ser identificadas.

Se você descobriu que está entre as vítimas da doença, não se desespere. Atualmente, existe o domínio sobre o tratamento e cicatrização das lesões provocadas pelos papilomas, principalmente se o diagnóstico for feito no início da infecção. Por isso, especialistas são categóricos em afirmar que devemos realizar nossos exames ginecológicos de rotina ao menos uma vez ao ano.

A regra vale também para quem já se vacinou contra o HPV. Sim, a vacina existe e pode ser encontrada em centros de imunizações. Indica-se sua aplicação principalmente em meninas e jovens entre nove a 26 anos. Mas, além da vacina, a melhor forma de prevenir a doença é se protegendo do contato com o vírus. Nesse sentido, o uso de preservativo é perfeito. Pois a camisinha nos protege não apenas do HPV, mas também de outras doenças sexualmente transmissíveis, como a sífilis e o HIV.