terça-feira, 5 de novembro de 2013
Empresas criam cabines para você tirar um cochilo no meio do dia
Em vários países da Europa, tirar um cochilo depois do almoço é um hábito cultural do qual os locais não abrem mão. Essa dormidinha tem lá seus benefícios, como alguns estudos já mostraram - funciona como uma espécie de reset no cérebro, diminuindo o estresse e melhorando a produtividade, o humor e a memória -, mas não é todo mundo que tem como e onde parar e encostar o corpo por uns minutinhos no meio do dia. Pensando nesse público, algumas empresas surgiram com a ideia de cabines de soneca, em que você entra, deita e dorme aquele soninho atrasado ou simplesmente se desliga pelo tempo necessário para voltar com pique para o trabalho. Boa ideia também depois de virar a noite na balada ou de trabalhar várias madrugadas seguidas, não é?
DEITE E DURMA À VONTADE
Não dá para saber se a moda pega por aqui. De qualquer modo, vale a pena conhecer lugares em que é possível pagar para dormir aquele soninho atrasado:
9 reais (15 minutos), 12 reais (30 minutos), 15 reais (45 minutos), 18 reais (60 minutos), 24 reais (90 minutos) e 30 reais (120 minutos). É uma das pioneiras nesse negócio e acabou de abrir uma unidade numa das regiões mais movimentadas do centro da capital paulista. Conta com 20 cabines com cama especial, cobertor e iluminação azul para ajudar a relaxar.
2 reais por minuto (sessões de 30 a 90 minutos). Pequeno e charmoso, esse spa recém-inaugurado no Itaim, em São Paulo, tem matriz em Nova York. Conta com quatro cabines de cochilo, equipadas com camas articuladas, cromoterapia, aromaterapia e sistema de som, que toca a música que você levar.
18 reais (20 minutos), 24 reais (30 minutos) e 28 reais (40 minutos). Fica bem no centro da cidade do Rio de Janeiro e tem duas cabines, com poltronas reclináveis, cromoterapia e música ambiente. Você pode combinar a soneca com reflexologia nos pés.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Como o nosso corpo sente a mudança do horário de verão
Neste final de semana, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste vão adiantar em uma hora seus relógios. Isso significa que a madrugada de sábado (19) para domingo (20) será mais curta e nós teremos menos tempo para descansar. Essa pequena mudança até parece inofensiva, mas ela pode trazer sintomas indesejáveis. "Algumas pessoas podem ter mais crises de enxaqueca e mau-humor", diz Paulo Camiz, professor e clínico-geral do Hospital das Clínicas, em São Paulo.
As mulheres são mais sensíveis à mudança, sofrendo mais com os sintomas emocionais. "Até mesmo o hábito intestinal pode ser alterado, já que muitas vezes ele está atrelado ao ciclo do sono e vigília", alerta Camiz. A dificuldade para adaptação é muito influenciada pela melatonina - hormônio chave para induzir o sono - que é liberado pelo corpo diante da ausência do estímulo luminoso, ou seja, à noite.
Por isso, se acordamos cedo e ainda está escuro, o nosso corpo irá funcionar como se ainda fosse noite - como se ainda precisássemos dormir. O mesmo acontece para o período noturno: como escurece mais tarde, o nosso corpo tarda para secretar melatonina, fazendo com que a gente fique desperta por mais tempo.
Como se adaptar melhor
Para não sofrer tanto com as mudanças, você pode começar a acordar mais cedo gradualmente. Experimente também deitar-se antes do costume. Café está liberado para ajudar o despertar, mas evite energéticos. "Muitas pessoas são sensíveis a eles. São preferíveis estimulantes naturais", explica Camiz.
Depois da mudança do horário de verão, ajude o seu corpo a se adaptar: faça exercícios quando o dia já estiver claro e evite a ginástica antes de dormir. Segundo o clínico-geral do HC, ao ser exposto à luz natural, o corpo consegue perceber quando é dia e quando é noite. E assim, regular o seu funcionamento.
E se você costuma praticar exercícios ao ar livre, lembre-se: o sol continua na mesma posição de sempre. Ou seja, às 14 horas, você estará sob os raios solares das 13 horas, que são mais fortes. Então, não abandone o filtro solar entre as 18 e 20 horas, porque os raios ultravioletas continuarão em cima de você.
Ah! Os medicamentos devem ser tomados no mesmo horário de costume. Não é preciso mudar nada. Tenha como referência as refeições e o horário de dormir.
Adeus prazeres da carne: tudo o que você precisa saber para ser vegetariana
As mulheres vivem lutando para chegar ao topo: da carreira, dos relacionamentos... Pois bem, saiba que você está no topo da cadeia alimentar: pode comer o bicho que quiser. E não corre o risco de ser comida por nenhum deles - a menos que se aventure em um safári pela África. Se ainda assim você quer abrir mão da sua posição superior e tornar-se uma vegetariana, é questão de escolha. Algumas pessoas fazem isso por acharem que é bom para a saúde, outras porque estão preocupadas com o planeta, algumas têm pena dos animais, os iogues acham que combina com seu estilo de vida, e também não se pode desprezar a companhia durante a refeição - e talvez até depois dela - do rapaz vegetariano de olhos verdes que conheceu naquela balada. Ou a decisão de se tornar vegetariana seja apenas reflexo de sua inteligência privilegiada. Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Southampton, na Inglaterra, mostrou que um QI alto na infância está intimamente relacionado com a conversão de algumas pessoas à dieta vegetariana na idade adulta. Bem, não importam os motivos que a levaram a dizer adeus de vez ao bacon, à picanha, ao cupim e ao companheiro de tantos ataques de fome, o hambúrguer. O importante é fazer com que essa despedida seja o menos dolorosa e danosa possível ao seu organismo. O que isso significa: que a transição deve ser feita de forma consciente e bastante saudável. A mudança pode ser radical, ou seja, a pessoa para de consumir carne de uma vez, ou pode levar alguns meses, com o consumo sendo reduzido aos poucos. Cada um faz do jeito que achar melhor. "Quem radicaliza muitas vezes pode ter um problema sério de saúde e acredita que esse é o momento de mudar. Alguns o fazem por filosofia de vida. Nesse caso, a transição costuma ser mais lenta", diz a nutricionista Bárbara Sanches, da VP Consultoria, em São Paulo.
Junk vegetariano
Seja qual for seu ritmo, tenha na cabeça que a conversão pura e simples ao fantástico mundo das folhas e frutas não é garantia de uma dieta de qualidade. "O fato de a pessoa optar pelo vegetarianismo não significa que ele seja saudável, porque a alimentação pode estar totalmente desequilibrada. Existem dietas desbalanceadas tanto entre os vegetarianos como entre os onívoros, aqueles que comem de tudo", diz a nutricionista Tatiana Scacchetti, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo. Nessa salada russa, há muita comida que pode ser classificada como vegetariana mas que também acaba entupindo suas artérias com o passar do tempo. Se você cortar carne mas continuar comendo salgadinhos e molhos prontos, a única coisa que estará fazendo é ser adepta de uma espécie de junk food vegetariano.
Siga o mestre
A primeira dica para fazer a coisa certa vai na linha "Consulte sempre um corretor de seguros". Antes da mudança, o ideal é procurar um nutricionista para que ele indique uma dieta equilibrada. Feita de qualquer forma, pode deixá-la com uma deficiência nutricional. E sabe o que isso significa na prática? Além de começar a colecionar problemas de saúde, você ficará feia. "A deficiência proteica pode resultar em perda muscular, dificuldade de cicatrização, queda de cabelo e unhas quebradiças", diz a nutricionista Eneida Ramos, do Albert Einstein. E você não pretende ficar parecida com aquele estereótipo da vegetariana pálida e abatida, não é mesmo? Tornar-se vegetariana não significa resignar-se a enxergar um prato verde o tempo todo. Se decidir fazer tudo sozinha, sem um nutricionista, é bom preocupar-se com o que não pode faltar no seu organismo. "Você já ouviu isso, mas agora, mais do que nunca, a alimentação deve ser muito variada e colorida também. Caso necessário, a dieta pode ser complementada por suplementos, recomendados por um profissional", diz a nutricionista Letícia de Nardi, de São Paulo.
Bons motivos para se tornar vegetariana
Quando um chato perguntar por que você se tornou herbívora, tenha as respostas na ponta da língua.
· É mais fácil ficar magra. Um estudo conduzido pelo Instituto Cancer Research, na Inglaterra, acompanhou 22 mil pessoas em cinco anos. Nesse período, enquanto os carnívoros ganharam 2 kg, os vegetarianos ficaram ½ kg mais gordos.
· Um estudo da Universidade Columbia, nos EUA, mostrou que a ansiedade diminuiu 18,6% e o stress crônico caiu 16,4% em adeptos da dieta vegan.
· A pressão sanguínea e os níveis de LDL (colesterol ruim) e triglicérides eram mais baixos entre os ovolactovegetarianos, segundo um estudo da Universidade Federal do Espírito Santo.
· A dieta diminui a produção de radicais livres e previne o envelhecimento, segundo pesquisa da Universidade de Medicina da Eslováquia.
· Vegetarianos e vegans têm o índice de massa corporal menor do que os que comem carne.
· Quem não come carne é 45% menos propenso a desenvolver câncer no sangue, segundo pesquisa da Universidade de Oxford, na Inglaterra. O mesmo estudo conclui que a abstinência reduz em 12% o risco de qualquer tipo de câncer.
· Melhora a digestão por causa do consumo de fibras. Você nunca mais vai precisar contar há quantos dias seu intestino está de greve.
· Aumenta a longevidade. Mulheres vegetarianas têm 24% menos chance de morrer de ataque cardíaco do que as não vegetarianas.
Bons outros para manter a carne no cardápio
O que responder a um vegetariano que tente convencê-la a abandonar o espeto de picanha.
· É possível fazer refeições saudáveis e balanceadas mesmo comendo carne. A dieta vegetariana também pode ser de má qualidade.
· As fontes de proteína vegetal não contêm todos os aminoácidos de que o organismo precisa. E, no caso dos vegetais, essas proteínas não são tão facilmente absorvidas pelo organismo.
· Ao cortar carne, a deficiência de ferro pode levar à anemia, que vai deixá-la cansada e abatida, muitas vezes com falta de ar e fraca. Um estudo feito pelo Conselho Nacional de Combate à Anemia, nos EUA, mostrou que as adolescentes tinham dez vezes mais chance de ter anemia do que os garotos - uma das causas apontadas eram as dietas vegetarianas.
· Estudos mostram que a deficiência de zinco, um dos problemas que podem afetar os vegetarianos, pode deixar o sistema imunológico mais fraco. Um estudo da Universidade Estadual de Michigan, nos EUA, constatou que em apenas um mês a eficiência do sistema imunológico diminuiu de 30 a 80%.
· Um estudo do Instituto Ludwig Boltzmann, na Áustria, constatou nos vegetarianos uma redução da síntese de colágeno, que tem papel fundamental na prevenção do envelhecimento da pele.
· Vegetarianos podem sofrer prejuízo na saúde mental, segundo um estudo da Universidade de Newcastle, na Austrália. Entre os vegetarianos, 22% tinham depressão, ante 15% dos não vegetarianos.
domingo, 3 de novembro de 2013
6 sinais que o útero dá quando algo não vai bem
Para o homem, é fácil ver qualquer feridinha na região genital. Mas para nós, muitas vezes, isso passa batido! Muitas mulheres ignoram um pedido de socorro do útero e ficam vulneráveis a desenvolver doenças como endometriose, mioma, pólipos, sinéquia e até câncer. Elas são identificadas em exames como o papanicolau e ultrasom transvaginal.
Quanto mais tardio o diagnóstico, mais difícil é o tratamento. Por isso, consulte-se com um ginecologista uma vez por ano ou ao menor sinal de problema. Veja como dar a atenção que o órgão mais feminino do nosso corpo merece.
Sentiu algo? Vá pro médico!
1. Hemorragia ou falta de menstruação: "Se o fluxo variar muito, sinal de alerta", diz a ginecologista Denise Coimbra, de São Paulo.
2. Dores na hora H: É na penetração ou ela vem do útero? Observe e conte para o médico.
3. Inchaço: É normal apenas antes da menstruação.
4. Cólicas: Se forem fortes a ponto de lhe causar ânsia de vômito, consulte-se.
5. Cheirinho ruim: A secreção vaginal não pode ter odor forte.
6. Infertilidade: Dificuldade para engravidar pode ser endometriose.
Saiba mais sobre as doenças:
Mioma: É tumor benigno que se alimenta de estrogênio. O tratamento anula a produção desse hormônio. Em alguns casos, ele é retirado em cirurgia. A doença é mais comum entre mulheres negras.
Endometriose: Em vez de ser eliminado na menstruação, o sangue gruda na parede do útero, o endométrio. Ele atrofia, causando dor e dificuldade para engravidar. O tratamento é clínico ou cirúrgico.
Sinéquia: As paredes do útero grudam. "Surge após processos infecciosos, inflamatórios ou abortos", afirma a médica Denise Coimbra. Precisa de cirurgia.
Pólipos: Pequenos tumores que se formam na cavidade do útero e podem causar infertilidade. A paciente faz microcirurgia.
Câncer de colo do útero: O HPV é a causa. Surgem lesões na mucosa da vagina, imperceptíveis a olho nu. Se o diagnóstico demora, pode evoluir para câncer. Mantenha o papanicolau em dia.
sábado, 2 de novembro de 2013
Consumo diário de cereais melhora saúde do cérebro e do coração
A última Pesquisa de Orçamentos Familiares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao biênio 2008-2009, mostra que o consumo de cereais por aqui ainda é bem baixo. Segundo o levantamento, apenas 2,2% da população costuma ingerir flocos à base de milho, trigo e aveia. E, por incrível que pareça, o índice despenca entre os jovens: só 1,7% deles os apreciam com regularidade.
Apesar de taxas tão pequenas, tanto a indústria quanto as autoridades em saúde apostam na maior presença desses grãos no cardápio verde e amarelo. Prova disso foi a sua recente inserção na pirâmide alimentar brasileira - neste ano, diversos ingredientes que ganham destaque na nossa cozinha foram adicionados ao reconhecido guia nutricional. "A proposta foi considerar a necessidade de inclusão de alimentos importantes, como o cereal matinal e alguns tipos de frutas e legumes", conta a nutricionista Sonia Tucunduva Philippi, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, idealizadora da pirâmide. "Sabemos que indivíduos que consomem cereais matinais e alimentos integrais sofrem menos com obesidade, pressão alta e níveis elevados de glicose no sangue", justifica.
O destaque para os flocos de milho e seus parceiros ultrapassa fronteiras. Uma revisão de estudos publicada no Jornal Italiano de Pediatria reforça o impacto do café da manhã na saúde de gente de qualquer idade, sobretudo se for à base de cereais matinais. "Eles são ricos em fibras e carboidratos, além de apresentarem baixo teor de gordura", elogia Ludmilla de Carvalho Oliveira, engenheira de alimentos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo. Fornecem, portanto, energia na medida.
CORAÇÃO PROTEGIDO
Um dos principais pontos elencados pelo documento italiano são os benefícios de uma porção matinal para o coração. "Os farelos de aveia e de trigo fornecem fibras solúveis, que auxiliam na redução de triglicérides e do colesterol ruim", ressalta a engenheira agrônoma Eliana Guarienti, da Embrapa Trigo. Já a betaglucana, fibra típica da aveia, se une às moléculas de gordura, formando um complexo eliminado nas fezes. "Consumir cerca de 5 colheres de sopa do grão por dia reduz em 5% os níveis do mau colesterol", indica a nutricionista Mariana Del Bosco, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, a Abeso. Tem mais: pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, notaram um elo entre o consumo de cereais e a redução do risco de pressão alta em homens de meia-idade.
INTESTINO EFICIENTE
Se as fibras solúveis são amigas dos vasos, as insolúveis dão aquela forcinha ao sistema digestivo. Na Universidade de Leeds, na Inglaterra, cientistas analisaram os efeitos da ingestão do farelo de trigo em 153 voluntários. Eles viram que após duas semanas houve melhoras no trânsito intestinal e até mesmo na disposição dos participantes. "A fibra insolúvel estimula a evacuação, trazendo sensação de bem-estar", observa a nutricionista Nair Luft, da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.
MEMÓRIA AFIADA
Dentro de um desjejum equilibrado, o cereal traz vantagens para o cérebro. Os dados coletados indicam uma íntima relação entre o que colocamos na tigela logo cedo e o bom funcionamento da nossa rede de neurônios. É que os flocos de milho e companhia são fontes de nutrientes imprescindíveis às funções cognitivas: em crianças e adolescentes, melhoram a performance na escola e, nos mais velhos, asseguram agilidade mental e memória afiada. "A falta de vitamina B12 pode atrapalhar o desempenho cerebral. Por sorte, sua presença em cereais garante as cotas diárias de que precisamos", exemplifica o neurologista Norberto Frota, da Academia Brasileira de Neurologia.
PESO CONTROLADO
Começar o dia com flocos de milho e afins também faz diferença para aqueles que se preocupam com a balança. Um experimento com adolescentes americanas mostrou que saborear uma porção de cereal com leite logo cedo reduz os abusos no almoço e a vontade de comer guloseimas à tarde. O efeito, veja, não é só imediato. Por falar em gente jovem, incluindo a criançada - público que costuma pular o café da manhã ou apelar para soluções rápidas -, fica ainda mais importante o convite de adotar uma tigela. "Nem dá para comparar o valor dos cereais com o dos biscoitos recheados, que não passam de uma bomba calórica", diz o médico Cláudio Barbosa, da Associação Brasileira de Nutrologia. Por causa das fibras e vitaminas, os grãos ainda deixam pra trás aquele copo de leite com achocolatado, rapidamente absorvido pelo corpo.
Só não se esqueça de checar o rótulo das caixas. "Alguns cereais são cheios de corante e carregam muito sódio", adverte a nutricionista Beatriz Botéquio, da Equilibrium Consultoria, na capital paulista. Quanto mais natural e livre de aditivos, melhor. Aí, o pão com manteiga e o leitinho que se cuidem.
quinta-feira, 24 de outubro de 2013
Sua casa, sua academia - Simulador de caminhada
Quem malha por conta própria às vezes fica órfã de uma atividade aeróbica, indispensável para acelerar a queima de gordura e turbinar o resultado do treino localizado. Mas nem todo mundo pode, quer ou conta com espaço para uma esteira ou ergométrica na sala ou no quarto. E quem disse que essas são as únicas opções? Escolhemos três equipamentos econômicos no tamanho (até o simulador de caminhada, que é o maior deles, é dobrável e fica fininho para você guardar em qualquer lugar), adaptáveis para a família inteira e com preço que compensa o investimento - afinal, você poupa a mensalidade da academia e o tempo que usaria para ir e voltar, certo? Damos o treino e tudo! Mas tem que levar a coisa a sério. "Malhar sozinha exige disciplina, mas, à medida que os resultados aparecem, fica fácil colocar o treino na rotina", fala o professor de educação física Márcio Galiazzi, do Rio de Janeiro. Está esperando o quê? Já para casa, menina!
Simulador de caminhada
O que é: tem mecanismo parecido com o do elíptico, mas os pedais fazem movimentos para a frente e para trás em vez de circulares. Os bastões para apoio das mãos ajudam a impulsionar o corpo. São vários modelos: com barra para encaixe de anilhas, assento, display que exibe velocidade, distância e gasto calórico e até uma plataforma giratória na parte da frente para trabalhar abdômen (o da foto tem o encaixe para anilhas e o display).
O que você treina: resistência cardiorrespiratória e força nas pernas e no bumbum. Dependendo de como se posiciona no aparelho, você estimula musculaturas diferentes. "Quando mexe as pernas para a frente e para trás, malha quadríceps e glúteos. Se fica de lado e abre e fecha as pernas, aciona as partes interna e externa da coxa", explica o professor Rogério Orban, da Bodytech, em São Paulo, que criou este treino.
Por que é legal: oferece menos impacto do que a esteira, por isso é ideal para quem está acima do peso, se recuperando de lesões ou tem restrição óssea ou articular.
Para aproveitar o máximo: apoie o pé inteiro na plataforma para poupar joelhos e panturrilhas. "Você até pode caminhar alguns minutos na ponta dos pés, para trabalhar a panturrilha, mas sem exagerar", avisa Rogério.
Gasto calórico: 270 em 30 minutos, aproximadamente.
Preço: entre 249 e 599 reais.
Para treinar em casa
Segunda: 10 min de aquecimento + 36 min (alternar 15 min moderado e 3 min leve) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória (ou abdominais no solo, se o seu aparelho não tiver essa variação)
Total: 56 min
Quarta: 10 min de aquecimento + 30 min com anilhas de 2 a 4 kg (alternar 4 min de movimento para frente e 1 min na lateral) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória ou abdominais no solo
Total: 50 min
Sexta: 10 min de aquecimento + 10 min com anilhas de 2 a 4 kg (alternar 2 min forte e 2 min leve) + 10 min de desaquecimento + 3 séries de 20 rotações de tronco na plataforma giratória ou abdominais no solo
Total: 30 min
Praticar exercícios 4 vezes por semana pode ser melhor que 6
O The New York Times publicou uma pesquisa feita pela Universidade do Alabama, em Birmingham, nos Estados Unidos, que concluiu que se exercitar quatro vezes por semana pode ser melhor do que seis vezes.
A questão foi colocada em xeque pela universidade, que fez um estudo para avaliar se poucos dias dedicados aos exercícios seriam tão eficientes - ou até melhores - que suar a camisa dia sim, outro também.
Para a realização desse experimento, os cientistas contaram com 72 voluntárias, com idades entre 60 a 74 anos e sedentárias, distribuídas em três grupos. O primeiro malhava apenas dois dias por semana, o segundo, quatro dias, e o último grupo, seis vezes. As atividades tiveram duração de quatro meses e eram sempre supervisionadas.
Os resultados foram apontados a partir de material sanguíneo, analisando o nível de citosina no organismo de cada voluntário - a substância que é capaz de apontar se o corpo está sendo exposto a um grau muito alto de exercícios físicos, causando problemas à saúde.
A conclusão do estudo, então, mostrou uma melhora na força, na resistência, e na perda de peso de todas as mulheres, independente do grupo pertencente. No entanto, a diferença dos resultados apareceu nos benefícios à saúde. As mulheres que praticavam exercícios duas vezes por semana obtiveram resultados parecidos com as que praticavam seis. O primeiro grupo gastava em média 100 calorias por dia, enquanto o outro, que se exercitava mais, gastava em torno de 200.
Porém o resultado fascinante não está aí, e sim nas mulheres do segundo grupo, que foram submetidas a pratica de exercícios físicos por quatro vezes semanais. Essas gastaram mais energia do que qualquer outra, totalizando menos 225 calorias diárias. Segundo o professor Gary Hunter, que conduziu a pesquisa, menos pode ser mais.
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
Pernas em foco: os cuidados necessários para usar saia sem receio
Ter pernas impecáveis é exigência número um para encarar saias e vestidos sem passar vergonha. Para isso, é preciso seguir alguns cuidados diários. Reunimos aqui o que você deve fazer em cada idade para continuar arrasando por aí!
Aos 20 anos...
Usar protetor solar evita manchas e flacidez e previne o surgimento de vasinhos (os raios solares podem provocar o dilatamento das veias). Garanta o bronzeado por outra via: aplicando autobronzeador. No dia a dia, use hidratante com FPS. E exercite-se. "Correr é ótimo, pois ajuda a tonificar os músculos e eliminar a celulite e a gordura localizada", diz Marcio Lui, personal trainer de São Paulo.
Aos 30 anos...
A renovação da pele se torna mais lenta. Para combater o ressecamento provocado pela mudança, o indicado é trocar o hidratante comum por outro com ácido lático, glicólico ou retinol. Está grávida? Use meias compressoras a partir do quarto mês de gestação. Elas combatem o inchaço e incrementam a circulação, o que evita a formação de varizes (pelo mesmo motivo, mantenha o hábito após fazer 40 anos).
Aos 40 anos...
Os nódulos de celulite aparecem ou aumentam. Fazer musculação se torna imperativo: isso melhora o visual e firma a musculatura sob a pele. Alterne exercícios localizados com aparelhos focados nas pernas, como as cadeiras abdutora e adutora. Adote cremes anticelulite e antiflacidez. Utilize um massageador após espalhar o produto, pois isso potencializa sua absorção.
Ajuda extra
Conheça os tratamentos high-tech que combatem celulite e varizes.
Para tratar a celulite, opte pelo Velashape Plus, aparelho que alia radiofrequência, energia infravermelha e sucção. "Ele tem ações anti-inflamatória, firmadora e redutora de medidas", diz Juliana Neiva, dermatologista do Rio de Janeiro. O tratamento inclui seis sessões semanais, ao preço médio* de R$ 2 mil por sessão. Para as varizes, o Laser NDYag é uma boa opção. Uma luz disparada pelas ponteiras é absorvida pelo sangue, que, aquecido, leva ao fechamento do vaso. O custo médio* por sessão é de R$ 400. Duas aplicações costumam ser suficientes.
*Preços fornecidos pelos fabricantes em abril/2013
Chia - dossiê completo da semente que auxilia no emagrecimento
Quando desembarcou no Brasil, há pouco mais de um ano, a chia não demorou a entrar na lista de compras dos interessados em perder peso. Nada mais compreensível. Como uma de suas principais características é virar uma espécie de gel ao entrar em contato com a água, ela dá uma baita saciedade, evitando ataques desenfreados de gula ao longo do dia. Só que os benefícios do pequeno grão - consumido por civilizações pré-colombianas há milhares de anos - não ficam restritos ao emagrecimento. Pelo menos é o que a ciência tem revelado.
Gordura na cintura? perigo!
O peso excedente, vale ressaltar, é um dos principais culpados pela síndrome metabólica, que contribui para piripaques cardiovasculares, a exemplo de infarto e derrame. "A tal síndrome é diagnosticada quando o paciente apresenta concentração de gordura abdominal e pelo menos mais dois fatores de risco, como glicose e triglicérides elevados, entre outros", descreve a endocrinologista Cíntia Cercato, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, em São Paulo. Ainda bem que a semente de chia, com seu ácido graxo anti-inflamatório, protege contra todo esse chabu.
A comprovação vem da Universidade Nacional Autônoma do México. Inicialmente, os cientistas pediram a voluntários com aquele combo de problemas que deixassem de consumir 500 calorias no seu dia a dia. Duas semanas depois, dividiram o pessoal em duas turmas. Enquanto uma ingeriu uma bebida à base de proteína de soja, aveia e chia, a outra recebeu uma mistura inócua. Em dois meses, todo mundo apareceu no laboratório com a barriga mais enxuta. Mas só o grupo que tomou o líquido com a semente viu fatores intimamente associados ao mal perderem força. "O mais interessante é que as duas turmas emagreceram igualmente, o que nos leva a concluir que a bebida foi, de fato, a grande responsável pela melhora da síndrome", reflete Cíntia.
Aproveitando que o assunto aqui gira em torno do coração, não dá para esquecer que o ômega-3 da chia ainda favorece a redução da pressão arterial. "Na prática, ele diminui a formação de tromboxano, uma molécula que estimula o aperto dos vasos. Por outro lado, aumenta a síntese de prostaciclinas, que são vasodilatadoras", ensina a nutricionista Anna Carolina Di Creddo Alves, do Instituto do Coração, na capital paulista. Sem falar que esse tipo gorduroso evita a oxidação do colesterol LDL, processo que o torna um verdadeiro vilão para o peito - afinal, é nesse formato que a molécula propicia o desenvolvimento de placas nas artérias.
Não vá pensando que a semente é indicada só para quem está com a saúde desajustada. Lá atrás, quando maias e astecas se deliciavam com o alimento, a intenção era aperfeiçoar a resistência física. Hoje, estudiosos da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, sabem que a estratégia funciona. Por um período, antes de provas longas, eles deram isotônico a seis atletas amadores. Depois, os voluntários tomaram uma mistura desse líquido com uma bebida à base de chia. Após cada intervenção, os rapazes correram por uma hora na esteira e mais 10 quilômetros em uma trilha. Acabada o suadeira, a surpresa: "Concluímos que o ômega-3 do grão melhora o rendimento dos atletas na mesma medida que o carboidrato do isotônico", revela Travis Illian, autor do projeto.
Para o cientista, a principal vantagem da descoberta é oferecer aos esportistas um substituto à altura para os tradicionais isotônicos, cheios de açúcar. Mas, se você não pretende participar de uma maratona, uma boa pedida é usar a farinha ou grão de chia duas horas depois dos exercícios. Assim, dá para aproveitar as fibras solúveis que a semente esbanja. "Essas substâncias retêm água, o que prolonga a hidratação e a presença de minerais no organismo", explica a nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria em Nutrição, em São Paulo.
Foi justamente nessas versões, ou seja, semente e farinha, que a nutricionista Sandra Soares Melo, da Univali, levou o alimento andino para o laboratório. O objetivo era comparar a ação de ambas as variedades em temperatura ambiente e aquecidas. "Vimos que, por causa das fibras, todos os tratamentos estimularam o trânsito intestinal nos animais analisados", conta.
Contudo, quando a pesquisadora e seus alunos avaliaram o estresse oxidativo - fator relacionado a doenças como diabete e câncer -, ficou evidente que ele só foi amenizado quando as cobaias ingeriram o farelo que não passou pelo fogo. "Ele não apresenta gordura como a semente. E a substância é a principal a sofrer oxidação. Esse processo também é facilitado quando a temperatura está elevada", justifica Sandra. Logo, se a ideia é barrar o estresse oxidativo, já sabe: a farinha ao natural é a melhor opção.
Agora, se estiver de olho em uma ação mais global a favor do funcionamento do corpo, as sementes saem na frente. Basta consumir duas colheres de sopa todos os dias. Só duas mesmo. "Como a chia tem muitas fibras, pode dificultar a absorção de alguns minerais, além de desregular o intestino se não houver consumo adequado de água", frisa o nutricionista José Aroldo, diretor da Nutmed, no Rio de Janeiro. Seguindo essa recomendação, certamente você terá tantos motivos quanto as civilizações antigas para idolatrar a semente de chia.
Se a intenção é perder peso...
Seu principal objetivo com a chia é mesmo afinar a cintura? Então faça o seguinte: deixe a semente na água por pelo menos 40 minutos. Quando a mistura se transformar em um gel, adicione suco de uva sem açúcar para obter uma espécie de sagu. "Consuma no café da manhã ou no lanche do final da tarde. Dessa maneira, você evita abusos nas principais refeições do dia", aconselha a nutricionista funcional Vanderlí Marchiori, de São Paulo.
terça-feira, 22 de outubro de 2013
Conheça os benefícios do amendoim
Seja para acompanhar a cerveja ou no pé de moleque, o amendoim é uma preferência nacional: 75% dos brasileiros costumam comer a leguminosa (sim, ele é um parente do feijão e da soja). Apesar disso, 63% dos entrevistados do Ibope para uma pesquisa encomendada pela Abicab, a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados desconhecem as propriedades nutricionais da semente e 12% acreditam que ela é constituída apenas de gordura e colesterol ruim.
Embora bastante calórico, o amendoim é um aliado da boa forma. Um de seus principais predicados é promover a sensação de barriga cheia. "Ele precisa ser muito mastigado, o que ativa o centro cerebral que controla nossa saciedade e faz com que a fome demore mais para aparecer", explica a nutricionista Vanderlí Marchiori, de São Paulo. Além disso, é fonte de fibras, que demoram mais tempo para ser digeridas, prolongando esse efeito.
Defensores do amendoim
Para dar um basta definitivo à má fama que ronda o petisco, pesquisadores da Universidade Federal do Espírito Santo observaram ratos que o consumiam regularmente e chegaram a duas conclusões importantes: mesmo sem restrição de calorias, o amendoim ajudou a controlar o peso dos animais e "até quando o amendoim é bem triturado pelos dentes, nem todas as moléculas de gordura são quebradas", observa a pesquisadora Neuza Maria Brunoro Costa, que liderou a investigação
Outro trabalho, dessa vez da Universidade Federal de Lavras, em Minas Gerais, revelou que o amendoim dá uma acelerada de 11% no metabolismo - pelo menos no dos roedores analisados. Em seres humanos, a pesquisadora Sandra Bragança Coelho, autora da investigação, constatou que indivíduos com peso normal deixavam de beliscar a torto e a direito depois de se deliciarem com amendoim. No entanto, esse fenômeno não se repetiu entre os obesos, que devoravam a leguminosa sem excluir itens pró-pneus do cardápio. "O ideal é substituir fontes de gorduras saturadas, como os embutidos, por ela", adverte. Daí, vale o alerta: é preciso ter autocontrole para não fugir da recomendação de 30 gramas diários, o equivalente a uma mão fechada. Do contrário, o auxílio vira sabotagem.
Além da mãozinha na hora de emagrecer, o amendoim também é um protetor do coração. Isso porque contém nutrientes fundamentais para diminuir o colesterol LDL, a faceta ruim da molécula, e manter as artérias sempre saudáveis, afastando o risco de doenças cardiovasculares. É o caso dos fitoesteróis, substâncias que competem com o LDL na hora em que ele gruda em células específicas para ser assimilado. "Os fitoesteróis enganam o organismo, tomando o lugar do mau colesterol e favorecendo sua eliminação", esclarece a pesquisadora Neuza Maria Brunoro Costa.
Outro defensor do peito encontrado aos montes no amendoim é o resveratrol, aquele corante natural que também dá pinta em uvas e cebolas roxas. Por ser um poderoso antioxidante, ele age impedindo que o colesterol LDL forme placas enrijecidas nas artérias, a gênese da aterosclerose, um entupimento generalizado que abre caminho para a ocorrência de um infarto.
Um trunfo pouco estudado desse primo do feijão é a presença da arginina, um aminoácido que, dentro do corpo, se transforma em óxido nítrico. "Ele relaxa as artérias, o que aumenta o fluxo sanguíneo e diminui a pressão arterial", ensina o nutrólogo José Alves Lara Neto, da Associação Brasileira de Nutrologia. E, como toda oleaginosa, o amendoim é fonte de ácidos graxos monoinsaturados, as gorduras do bem - incluindo o ômega-3. "Ele ainda fornece grandes quantidades de potássio, magnésio e vitamina E", elenca Lara. Por falar nesses dois últimos nutrientes, trata-se de uma dupla essencial para deixar o cérebro funcionando nos trinques. Já o potássio é célebre por evitar cãibras e fortalecer os ossos. Tudo isso é, sem dúvida, um prato cheio para a sua saúde.
O jeito certo de consumir
Apesar de tão nutritivo, nessa altura já está claro que não pode ser saboreado aos montes. Até porque algumas versões industrializadas, aquelas coloridas e com cascas bonitas, têm sódio a rodo. Essas pitadas a mais do ingrediente fazem o risco de doenças cardiovasculares, como a pressão alta, disparar. É importante também se atentar à quantidade. Para fugir das armadilhas, a nutricionista ensina uma dica: torrá-lo em casa.
Se optar pelo industrializado, procure marcas com o selo da Fundação Pró- Amendoim, que fiscaliza todas as etapas de produção do tira-gosto, atestando sua boa procedência. É que a aflatoxina, uma substância maligna presente em um fungo, pode dar as caras se o amendoim teve problemas na armazenagem ou empacotamento. "Ela então se aloja na casquinha e produz sérios danos ao fígado", adverte Sandra Bragança Coelho. Mas, com cuidado na hora da compra, é possível incluir essa delícia no cardápio numa boa.
Atenção à mesa
Nem todas as formas de consumo do amendoim freiam o ponteiro da balança. Conheça as mais populares e acerte na hora da compra:
Torrado: ele preserva todos os nutrientes da leguminosa.
Paçoca: na versão tradicional, o açúcar vem em excesso.
In natura: liberado! Sua casca vermelha é nutritiva.
Pé de moleque: o caramelo é uma doce armadilha para a dieta.
Japonês: o alto teor de sódio é seu ponto fraco.
Um verdadeiro afrodisíaco
A sabedoria popular já dizia e a ciência comprova: o amendoim turbina, sim, a libido. O segredo de seu sucesso está na grande oferta de zinco, nutriente vital para o cérebro. "Quando estamos sob estresse, nossos neurônios gastam mais zinco do que o previsto. Daí, sobra pouco para a produção dos hormônios sexuais, o que derruba o desejo", explica a nutricionista Vanderlí Marchiori. A ajuda vale para ambos os sexos, mas atenção: não adianta comer minutos antes do bem-bom. "Esse efeito só pode ser observado com o consumo frequente da leguminosa", completa ela.
O que é que a mandioca tem: as vantagens do consumo da raiz
Na mesa do jamaicano Usain Bolt, o homem mais veloz do mundo, não falta mandioca. Ela é a principal fonte de energia atleta, segundo revelou seu pai durante as Olimpíadas de Pequim em 2008. E faz sentido: essa raiz tem dois tipos de carboidrato, a amilopectina e a amilose, que, juntos, liberam a glicose mais lentamente para o corpo. Isso facilita a digestão, evita picos de açúcar no sangue e dá gás de sobra para o dia a dia.
Mas não é preciso ser medalhista para tirar proveito do alimento que já foi batizado de a "rainha do Brasil". Tanto é que a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) vem endossando sua produção e seu consumo mundo afora. A entidade quer acabar com o status de "comida de pobre" e utilizá-la inclusive para combater a fome.
Fonte de fibras e isenta de glúten - qualidade que a faz não pesar tanto na digestão -, a raiz carrega versatilidade no nome, nas condições de plantio e nas formas de preparo. Dependendo da região, é chamada de aipim, macaxeira, maniva, uaipi ou xagala. Não há tempo ou terra ruim pra ela. "A mandioca é um camelo vegetal", brinca o engenheiro agrônomo Joselito Motta, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, fazendo referência ao fato de que a planta cresce em solos pobres e resiste a períodos de seca. Ah, ela ainda é barata: custa em média 2 reais o quilo, 30% a menos que a batata.
Mandioca X batata
Por falar na sua rival, a mandioca leva certas vantagens. "Ela possui maior quantidade de vitaminas A, B1, B2 e C", diz a nutricionista Maria Carolina von Atzingen, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo. Fazendo justiça, porém, precisamos avisar que a abundância em energia traz um efeito colateral: 100 gramas de mandioca têm quase três vezes mais calorias que a mesma porção de batata - são 160 calorias contra 58.
Só que isso não deve assustar quem se preocupa com o peso. "A composição de carboidratos da raiz faz com que ela prolongue a saciedade", conta Rafaella Allevato, coordenadora do Serviço de Nutrição do Hospital San Paolo, na capital paulista. Não por menos, a mandioca costuma ter passe livre em dietas e é indicada a diabéticos. "Ao contrário de outras fontes de carboidrato, ela não gera picos de glicemia", diz Rafaella. Agora, note bem: justamente por ser um reduto desse nutriente, é prudente que ela não seja misturada nas refeições com outros depósitos de carboidrato, como arroz, macarrão...
Alegria dos celíacos
Por ser livre de glúten, a mandioca é queridinha de outra parcela da população, os portadores de doença celíaca - estima-se que sejam 2 milhões só no Brasil. Graças a seus derivados como a farinha e o polvilho, os celíacos conseguem ampliar o limitado cardápio de quem não pode ingerir a proteína que dá as caras no trigo, por exemplo. Segundo Ana Vládia Bandeira Moreira, professora de nutrição da Universidade Federal de Viçosa, em Minas Gerais, o tubérculo ainda ajudaria a conter episódios de diarreia nessa turma. Aliás, a raiz é uma boa pedida diante de diversos problemas que atrapalham o ganho de nutrientes. Tudo por causa daquele lento processo de absorção dos carboidratos, que dá ao organismo mais tempo para assimilar outros compostos. Na hora de cozinhar a mandioca, uma dica: adicione um fio de óleo na água. "Isso auxilia na retenção das vitaminas", garante Ana Vládia.
Apesar de estar presente há cerca de 7 mil anos na Amazônia, a mandioca só ficou mais nutritiva nas últimas décadas. A variedade que hoje está presente na mesa do brasileiro, branca na feira e amarelada após o cozimento, tem dez vezes mais vitamina A que a cultivada no tempo do descobrimento. Ela é resultado de um processo gradual de melhoramento genético, realizado pelo Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e pela Embrapa, que cruzaram diferentes espécies até chegar a um tipo saudável e resistente a pragas. Agora, o IAC vai lançar uma nova variedade ainda mais vitaminada e rica em antioxidantes, substâncias que combatem o envelhecimento celular e reduzem o risco de doenças ligadas à idade, como o câncer. Segundo a pesquisadora do IAC Teresa Valle, a nova espécie terá 900 unidades internacionais (UI) de vitamina A, contra 220 UI da consumida atualmente, e deve chegar ao mercado em 2014. Pelo visto, se depender da mandioca, Usain Bolt vai quebrar recordes até ficar com os cabelos bem brancos.
Raiz histórica
O Brasil é a terra natal da mandioca. Do centro do país, o tubérculo se espalhou por mais de 100 nações desde a chegada dos portugueses. Sua importância era tanta nos tempos de colônia que o padre José de Anchieta a batizou como o "pão da terra". Citada na carta de Pero Vaz de Caminha, ela acabou adotada pelos lusitanos. "Não fosse sua presença, a ocupação das terras brasileiras teria sido mais difícil", diz Joselito Motta. Não à toa, o historiador Luís da Câmara Cascudo chamou a planta de a "rainha do Brasil."
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
5 mitos que atrapalham a sua felicidade
Quase todo mundo cai na armadilha de que será "feliz para sempre" quando alcançar certos marcos na vida, como casar, ter filhos e conseguir um emprego incrível. Essas realizações, de fato, funcionam como excelentes estimulantes, e é até compreensível que a gente deposite nelas altas (e falsas) expectativas. Mas a psicóloga russa radicada nos Estados Unidos Sonja Lyubomirsky, professora da Universidade da Califórnia, afirma que a felicidade é um sentimento mais complexo e exige empenho para se manter. Para ela, acreditar em certas verdades amplamente difundidas atrapalha nosso caminho em direção à satisfação plena.
Sua teoria está no livro Os Mitos da Felicidade (Odisseia), que será lançado no Brasil em agosto. Nele, a psicóloga destaca o que chama de fases de transição da vida, tais como época de solteira, casamento, filhos e construção da carreira. Esses momentos são, segundo ela, propícios a trazer alegrias, mas nos guiamos tanto pelo que prega a sociedade que muitas vezes fechamos as portas para sentimentos bons. Por exemplo: casamos com a ideia fixa de que teremos uma relação eternamente feliz e, já na primeira briga, a frustração é grande. Com o sentimento de que o mundo caiu, passamos até a duvidar da união. Estudiosa do tema desde 1994, Sonja ensina aqui a não pôr em risco sua felicidade em cinco situações.
1. Se achar meu príncipe encantado, serei feliz para sempre
Algumas mulheres nutrem desde cedo o sonho de casar e ter o destino dos contos de fadas. Elas acham que só assim alcançarão a plenitude. Apesar de ser um erro apostar todas as fichas em uma só fonte, é claro que subir ao altar com o amado dá uma injeção instantânea de felicidade. "Mas estudos mostram que, após dois anos, a empolgação passa e os níveis retornam aos de antes do casamento", diz Sonja. Ainda que existisse, nenhum príncipe encantado mudaria isso. A paixão intensa, essa que nos faz pensar no outro 24 horas, acaba e vira companheirismo. Apesar de ser normal, o fato nos deixa tristes e cheias de dúvidas. Comece livrando-se dessa fantasia. Também faça pequenos esforços diários para relembrar o valor do parceiro: deixe bilhetes românticos, programe noites especiais que fujam da rotina... Inove!
2. Casamento é para a vida toda e separar é o fim do caminho
Obviamente, ninguém se casa pensando em se separar. Mas às vezes a relação se desgasta a ponto de um rompimento tornar-se inevitável. Sonja diz que, aí, é comum acreditar que não haverá mais uma única alegria no caminho. "Trata-se de um processo doloroso, é verdade, mas todos têm a capacidade de se recuperar e construir outra rotina", observa. "No calor da dor, nos esquecemos de que a vida sempre traz coisas novas." Não estamos, necessariamente, falando de outra paixão. Essa não é a única solução: há felicidade também na solteirice. Pense no seu crescimento pessoal e em turbinar o amor-próprio. Cuide mais de você. Envolva-se em atividades que tragam bem-estar, como um esporte ou dança. Vale desabafar com amigos, até fazer trabalho social para entrar em contato com outras realidades.
3. O trabalho perfeito existe e todo mundo deve encontrá-lo
Para começar, a perfeição não existe. Além disso, ao menos em um ponto, casamento e trabalho se parecem: em ambos, há momentos em que ficamos entediadas e tendemos a querer fugir. Você pode até tentar trocar de emprego, mas saiba já que o processo deve se repetir em outros lugares. O único jeito de escapar do ciclo de insatisfação é rever os conceitos que guiam a construção da sua carreira. Pense em qual é o emprego dos seus sonhos. "Às vezes, o cargo que nos serve de referência nem existe", alerta. Seja realista ao avaliar suas conquistas. E lembre-se do que traz satisfação na sua atual posição (horários flexíveis, benefícios, pessoas legais), refletindo se quer perder isso. Uma tática: "Finja que é seu último mês na empresa. Você vai dar mais valor ao trabalho e fazer as mudanças que vinha postergando".
4. Se eu ficar rica, meus problemas acabarão
Dinheiro traz felicidade, sim. Ter uma conta bancária polpuda, afinal, aumenta a qualidade de vida e permite alguns luxos. Segundo Sonja, é importante garantir que o salário cubra as necessidades da família, incluindo diversão. Se sua renda não abrange isso, pense em como ampliar seus ganhos. Já se sabe, porém, que, se o dinheiro ultrapassa muito o valor de que se precisa, a felicidade não crescerá em igual medida. Pode até ter efeito contrário. "Certamente, você terá de trabalhar horas a mais e sacrificar o tempo com o marido, os filhos e amigos para faturar mais", diz. Faça reflexões periódicas sobre o que é prioridade - isso muda ao longo da vida. E nunca deposite todas as fichas da felicidade no próximo aumento.
5. A maternidade é só alegria
É claro que a realização do desejo de ter filhos proporciona uma felicidade indescritível. Além disso, uma criança traz novas experiências e crescimento pessoal. Mas Sonja ressalta que ninguém pode esperar só alegria. A maternidade também implica desafios, rotina, conflitos e preocupações, como a escolha da babá ou o controle da lição de casa. Segundo a expert, por mais que se tenha amor pelos filhos e pelo papel de mãe, é normal ficar cansada e até irritada. Não se sinta culpada. "Converse com outras mães para entender melhor o que você está passando e para trocar dicas", sugere. Principalmente, encare esses momentos como pedaços menores de uma grande missão, que é criar e educar uma pessoa feliz, saudável e realizada.
Fonte: mdemulher.abril.com.br
quinta-feira, 17 de outubro de 2013
Os benefícios do otimismo
Todo mundo tem dias em que acorda de baixo-astral, achando que alguma coisa vai dar errado, e outros em que parece que nada vai impedir a nossa felicidade. É humano, normal e bem comum nessa época de recomeço: juntamente com as expectativas e o frescor de um novo ano, vem o medo de não dar conta de realizar o que a gente quer, de não dar tempo, não dar certo...
Qual o segredo para driblar a insegurança e não desanimar no meio do caminho? Pensar positivo e ir em frente. Mas calma lá: não se trata de cruzar os dedos e repetir como um mantra que tudo vai acabar bem. É preciso agir. "Em vez de apostar no otimismo como uma solução mágica, você deve transformar o pensamento em motivação para realizar seu desejo. Arrumar um namorado, emagrecer ou fazer a viagem dos seus sonhos", por exemplo, fala a psicóloga Angelita Corrêa Scárdua, de Vitória.
Fé no futuro
Sejamos realistas: problemas sempre vão existir. A maneira como você os enfrenta é que faz toda a diferença. "Enquanto o pessimista acredita que é a pessoa mais azarada do mundo e que tragédias só acontecem com ele, o otimista vê o conflito como parte da vida e procura nele uma oportunidade para crescer", explica a especialista em comportamento humano Roselake Leiros, da CrerSerMais, em São Paulo.
Ok, há situações que parece impossível encarar de um jeito positivo. Como ser demitida, por exemplo. No entanto, em vez de se isolar com vergonha da situação ou medo de gastar as economias, uma atitude otimista seria aproveitar o tempo livre para estudar e se preparar para uma próxima oportunidade de trabalho.
Otimismo no DNA?
Por que algumas pessoas encaram a vida com leveza enquanto, para outras, é duro não pensar que, em algum momento, algo vai desandar? A genética tem parte da resposta.
Um estudo de 2009 realizado pela psicóloga britânica Elaine Fox, da Universidade de Essex, revelou que pessoas que carregam um determinado gene associado ao transporte de serotonina no cérebro têm mais predisposição a focar nos aspectos positivos da vida, já que o neurotransmissor é responsável por regular o humor e a sensação de prazer.
De acordo com o levantamento, quem não conta com o tal gene do otimismo apresenta maior potencial para sofrer de depressão. Mas isso não é desculpa para cruzar os braços e esperar que o universo faça sua parte. Mesmo com o aval da ciência, os especialistas concordam que a genética pesa pouco na formação da personalidade otimista. O que conta mesmo é o compromisso de cada um com a felicidade.
Melhor do que remédio
Não bastasse o lucro emocional de escolher ver a vida pelo lado bom, a ciência já provou que, com isso, você também sai ganhando em saúde e longevidade. A conclusão é da pesquisadora Hilary Tindle, da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Na pesquisa conduzida com mulheres em 2009, ela descobriu que as mais otimistas e felizes tinham menos risco de desenvolver doenças do coração, pressão alta e diabetes. O porquê: "Pessoas mais positivas lidam melhor com o stress, tendem a se cuidar mais e responder melhor a tratamentos médicos", explica Hilary no estudo. "Elas se exercitam com mais frequência, fumam menos e têm um estilo de vida que reflete na saúde."
Você também fica mais bonita quando está de bem com a vida. É que, mantendo distância do stress e da tristeza, você evita as alterações hormonais e a geração de radicais livres que aceleram o envelhecimento e resultam no aparecimento de rugas, manchas, oleosidade e perda de elasticidade cutânea. Fora as doenças manifestadas na pele e associadas às emoções, como psoríase e alergias.
Causa (não efeito) do sucesso
Suas chances de ir mais longe na carreira, assim como nos anos de vida, é outra consequência do pensamento positivo. "A disposição para experimentar coisas novas e solucionar problemas e a autoconfiança são características típicas da pessoa otimista e bastante valorizadas no ambiente profissional", fala Angelita. "E, como ela tende a ser mais sociável e produtiva, também tem maischances de ser bem-sucedida no trabalho."
Quando o otimismo é demais
Pensamento positivo não faz mal a ninguém, certo? Quase sempre a regra é essa, mas, quando ele é exagerado e não vem acompanhado de ação (e uma dose de pé no chão), pode se tornar um problema. Como no caso daquela amiga que insiste em dizer que as brigas no casamento, que duram anos, são apenas uma fase. Ou a outra, que vive endividada, mas não deixa de gastar fortunas em sapatos, como se não houvesse nada errado.
"O otimismo excessivo é uma estratégia de defesa de quem, no fundo, não quer enfrentar o problema real", fala Angelita Scárdua. "Alimentando a ilusão de que a crise não existe, você adia a solução do problema e só faz o conflito crescer."
Exercite seu poder positivo
1. Tome posse de suas conquistas.
Recebeu um elogio do chefe? Não pense que ele só está de bom humor ou tem segundas intenções. Aquele gato a convidou para sair? Não ache que ele não tem companhia melhor, mas que está, sim, a fim de ver você. Você merece tudo de bom.
2. Acumule alegrias.
Assista uma comédia romântica, veja um programa bobo na tevê, escute uma música dançante, fale besteira com as amigas. Abrir espaço para o divertido da vida ajuda a levar as coisas menos a sério e afastar atitudes negativas.
3. Troque ideias.
Dividir seus pontos de vista e escutar opiniões diferentes sobre um mesmo tema são maneiras de se conhecer melhor, valorizar-se e ver a vida sob outra perspectiva.
4. Evite palavras negativas.
Cuidado com frases do tipo: "Não tenho mesmo sorte com os rapazes", "Era muito bom para ser verdade" ou "Eu não mereço tudo isso". Por mais que sejam da boca para fora, elas acabam convencendo seu cérebro e, aos poucos, destruindo a sua autoconfiança.
Fonte: mdemulher.abril.com.br
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