O cara já está quase pronto para a balada. Só falta buscar sua mais nova companheira. Na farmácia. Sem receita médica, adquire uma dessas famosas drogas inibidoras da fosfodiesterase tipo 5 a enzima que atua na disfunção erétil, a impotência. Já na festa, saca os comprimidos e os engole junto com alguma bebida. Para ele é agora que a farra começa. Será? Por que moços saudáveis, que podem transar sem nenhuma dificuldade, resolvem apelar para esses remédios cada vez mais?
Ninguém levantou o número de usuários dos tais inibidores com esse perfil isto é, jovens capazes de ter ereção , mas sabe-se que o consumo dessa medicação é bem maior do que seria se ela fosse empregada apenas em casos de disfunção erétil provocada por problemas fisiológicos, algo que acontece com maior freqüência entre homens maduros. Pelo que se vê por aí e não só em baladas , os jovens estão entre os responsáveis por essa fantástica performance do remédio.
Por causa desse comportamento, um time de urologistas vinculados à Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo resolveu mergulhar em uma investigação inédita no país, finalista do prêmio promovido por esta revista na categoria Saúde do Homem. Até então, nos meios científicos, ninguém tinha prestado tanta atenção no uso recreativo dessas drogas.
Instigados, os urologistas fizeram cerca de 40 perguntas a 167 homens de 17 a 31 anos. Todos os entrevistados, a maioria estudantes de Medicina, declararam estar em perfeitas condições para conseguir (e manter) uma ereção. Mesmo assim, 9% deles já haviam ingerido o remédio, sendo que, entre esses curiosos, por assim dizer, 46,7% repetiram a dose mais de três vezes. As razões mais freqüentes são a vontade de saber o que acontece e de melhorar o desempenho sexual, sem contar o receio de falhar, diz o urologista Fernando Korkes, um dos autores.
Ninguém levantou o número de usuários dos tais inibidores com esse perfil isto é, jovens capazes de ter ereção , mas sabe-se que o consumo dessa medicação é bem maior do que seria se ela fosse empregada apenas em casos de disfunção erétil provocada por problemas fisiológicos, algo que acontece com maior freqüência entre homens maduros. Pelo que se vê por aí e não só em baladas , os jovens estão entre os responsáveis por essa fantástica performance do remédio.
Por causa desse comportamento, um time de urologistas vinculados à Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo resolveu mergulhar em uma investigação inédita no país, finalista do prêmio promovido por esta revista na categoria Saúde do Homem. Até então, nos meios científicos, ninguém tinha prestado tanta atenção no uso recreativo dessas drogas.
Instigados, os urologistas fizeram cerca de 40 perguntas a 167 homens de 17 a 31 anos. Todos os entrevistados, a maioria estudantes de Medicina, declararam estar em perfeitas condições para conseguir (e manter) uma ereção. Mesmo assim, 9% deles já haviam ingerido o remédio, sendo que, entre esses curiosos, por assim dizer, 46,7% repetiram a dose mais de três vezes. As razões mais freqüentes são a vontade de saber o que acontece e de melhorar o desempenho sexual, sem contar o receio de falhar, diz o urologista Fernando Korkes, um dos autores.
A preocupação é que o remédio crie uma dependência psicológica, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Sidney Glina, jurado do Prêmio SAÚDE!. "Faz sentido. Os tais inibidores de PDE-5 aos poucos se tornam parceiros de cama inseparáveis desses homens. Passam a morar no seu bolso. Viram uma espécie de amuleto", resume a psiquiatra Carmita Abdo, da Universidade de São Paulo, também jurada da premiação.
O trabalho da Santa Casa revela também que mais de 70% dos entrevistados tomaram os comprimidos com álcool, o que não é exatamente um problema, pois ele não potencializa a ação da droga. Mas, como todo medicamento, os inibidores de PDE-5 têm efeitos colaterais, lembra Korkes. Os principais são rubor nas faces, dores de cabeça, sangramentos no nariz, alterações na visão e queda da pressão arterial, para ficar apenas nos previsíveis.
Por si só a automedicação é uma prática condenada pelos médicos. Aliás, o remédio contra a impotência não deve ser tomado por pacientes cardíacos que fazem uso de medicamentos com nitrato, um vasodilatador, nem pelos portadores de HIV, que dependem do coquetel para controlar a síndrome.
O trabalho da Santa Casa revela também que mais de 70% dos entrevistados tomaram os comprimidos com álcool, o que não é exatamente um problema, pois ele não potencializa a ação da droga. Mas, como todo medicamento, os inibidores de PDE-5 têm efeitos colaterais, lembra Korkes. Os principais são rubor nas faces, dores de cabeça, sangramentos no nariz, alterações na visão e queda da pressão arterial, para ficar apenas nos previsíveis.
Por si só a automedicação é uma prática condenada pelos médicos. Aliás, o remédio contra a impotência não deve ser tomado por pacientes cardíacos que fazem uso de medicamentos com nitrato, um vasodilatador, nem pelos portadores de HIV, que dependem do coquetel para controlar a síndrome.